quinta-feira, 16 de junho de 2016

☑ Memória Descritiva ( Composição Infográfica) - Com melhorias

               “Beauty on data visualization arises from hitting a certain sweet spot between order and chaos, exactly the point where the information is really rich and seems infinite, but there is still enough structure and guidance to lead you from one interesting discovery to the next one.”

             
No âmbito da unidade curricular de Design e Comunicação Visual, integrada na Licenciatura de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, foi proposta a realização de uma infografia jornalística. Sendo assim, o docente considerou que trabalhar em conjunto com os editores do JornalismoPortoNet (JPN) facilitaria imenso o desempenho dos alunos. Dentro dos temas apresentados pelo Jornal, optou-se pelo seguinte conteúdo: Locais de Estudo no Porto”.

De facto, Edward Tufte conseguiu sucintamente resumir a infografia como sendo uma representação, em que “os dados deixavam de ser representação gráfica estatística – era todo o universo de ver e pensar, vinculando assim como o ver e, consequentemente, o pensar podiam ser intensificados”. 

Segundo o artigo intitulado “O que é uma infografia jornalística”, podemos concluir que a infografia vem cada vez mais “se firmando como um importante recurso da linguagem jornalística, como podemos constatar pela sua utilização expressiva em jornais impressos ou digitais, e revistas. A valorização da linguagem gráfica em jornais e revistas tem elevado o campo do design de jornal ao de produtor de conteúdo jornalístico, colocando em cheque distinções precisas entre forma e conteúdo, designer e jornalista.” 

Sendo assim, a recolha de exemplos de infografias jornalísticas revelou-se crucial para o desenvolvimento do projeto. A assimilação de informação como a posição dos gráficos, mapas, diagramas só podia ser feita através de uma análise meticulosa dos diversos projetos jornalísticos deste âmbito. “Infografia é uma linguagem que reúne elementos visuais e texto para contar histórias. (…) Pode reunir elementos diversos como fotografia, texto, ilustrações, mapas, gráficos ou qualquer recurso visual necessário para dar coerência entre todas as suas partes, com o objectivo de transmitir informações variadas sobre um determinado acontecimento, explicar um lufar, uma prática ou objeto.” Para além destes recursos, a cor também se revelou como um aspeto importante, pois esta tem a capacidade de captar a atenção quase que instantaneamente. Sendo assim, esta pesquisa demonstrou-se essencial, na medida em que foi facultando possíveis ideias à realização do trabalho prático.

De modo a que a execução desta terceira proposta fosse mais facilitada, seguiu-se uma pesquisa e recolha de informação sobre os locais mais frequentados pelos alunos sobretudo em épocas de exames. Para isso, foi necessário recorrer não só à Internet, mas também aos sítios, de modo a obter informações mais detalhadas. Numa reunião com outras colegas de turma, estabeleceu-se alguns parâmetros de avaliação dos locais de estudo, a saber: Preço do menu, Internet, Zona de fumadores, Iluminação e a existência ou não de barulho. Esta particularidade é relevante, dado que a “infografia é um recurso absolutamente informativo, com potencial para substituir o texto em algumas questões (…).”

Para a execução recorremos ao Adobe Illustrator.

Cores

                O primeiro passo, após a organização dos conteúdos,  foi a escolha da palete de cores que se pretendia utilizar. Deste modo, optou-se pelo azul , uma vez que se identificava com a cidade do Porto e o branco por ser a cor com mais contraste em relação ao azul. De facto, houve uma grande preocupação para que a utilização das cores fosse harmoniosa e que estivesse bem em termos estéticos.

Fontes

Utilizou-se várias tipografias sobretudo com serifa uma vez que são as mais perceptíveis no momento da leitura.

O tipo de letra escolhido, Myriad Hebrew, foi o mesmo quer para títulos que quer para texto por se tratar se uma simples e se fácil leitura. O bold está presente nos títulos.

A infografia foi dividida em seis secções, sendo que a primeira enquadra o cabeçalho com o título e o lead. As três secções seguintes são a lista de locais do Porto onde se pode estudar. Está dividida em zonas, a zona da região central ( Massarelos, Cedofeita e Bonfim), a Foz e Paranhos. Estas foram as zonas escolhidas por terem mais estudantes.
O quinto setor engloba as várias características que escolhemos para classificar os locais sendo elas: luz natural, conforto, barulho ( avaliadas de 1 a 3, em que 1 é mau, 2 é médio e 3 é bom), zona de fumadores/ não fumadores, tomadas, computadores e Internet. Para a organização destes dados a elaboração de dados revelou-se ser a melhor opção. Por último, a sexta secção são os créditos em que está inseridos alguns sites onde tiramos informação, embora a maior parte da informação foi tirada com trabalho de campo feito por nós e conhecimento adquirido e o nome dos autores. 

 Para concluir, o nível de dificuldade deste trabalho foi elevado, uma vez que o manuseamento do Adobe Illustrator teve várias complicações como perdas sucessivas de dados e até mesmo a perda de projetos quase concluídos, o fez com que voltássemos a iniciá-lo.

No entanto, reconhece-se que se trata de um projeto complexo que exige todo um conjunto de ideias, capacidades e técnicas apreendidas nos trabalhos anteriores.

domingo, 29 de maio de 2016

☑ Recolha De Infografias (Exemplos)

 "Infografia significa a apresentação visual de dados, sejam dados estatísticos, sejam mapas, diagramas ou "timelines". Tratam-se das quatros formas que a infografia adota."

          A terceira proposta da unidade curricular Design e Comunicação Visual tem como objectivo a elaboração de uma infografia de carácter jornalístico. Sendo assim, a recolha de exemplos de projectos infográficos era de extrema importância tanto a nível de inspiração como a nível de aprendizagem. Por outras palavras, a análise das infografias permitiu o conhecimento de passos pertinentes como a posição dos diversos elementos infográficos, as cores mais ultilizados, os temas  que eram mais abordados, etc.


                            

























quinta-feira, 26 de maio de 2016

♜ História da Infografia

“El ser humano que descubrió el trazo comenzó una forma de cultura que hoy todavía llamamos artes gráficas”

De Pablos, 1999

Uma infografia é um tipo de representação visual gráfica que pretende facilitar a compreensão de conteúdos. Isto é, se fossem divulgados apenas com texto, o seu entendimento seria mais difícil.
Usadas sobretudo no meio jornalístico têm como objetivo primordial a explicação de conteúdos ao leitor através de textos breves com representações figurativas e esquemáticas.

As infografias também podem ser encontradas em manuais técnicos, educativos ou científicos.
É importante diferenciar a infografia de recursos gráficos tradicionais como mapas, gráficos estatísticos, diagramas, pois estes servem de complementos de textos escritos. Já a infografia jornalística é essencialmente um meio de informação que combina esses diferentes recursos.

Tem origem na pré-história. Os primeiros mapas foram criados há milénios (antes da escrita). Em 1786, William Playfair criou uma variedade de gráficos estatísticos usados até hoje. O seu livro The Commercial and Political Atlas é repleto de gráficos que representam a economia no século XVIII na Inglaterra.

Estudo de Embriões de Leonardo da Vinci 

Leonardo Da Vinci tentou entender os fenómenos, contudo o seu conhecimento era limitado devido à época histórica onde se inseria. Ao longo de sua vida, fez uma enciclopédia baseada em desenhos detalhados. Para além disso, realizou autópsias e elaborou desenhos anatómicos extremamente detalhados. Entre 1510 e 1513, estudou fetos, dos quais resultaram obras que podem ser consideradas como infografias de grande complexidade.

             

Estudo de 1961 

Em 1861, Charles Joseph Minard criou uma infografia muito importante sobre a marcha de Napoleão em Moscovo. Considerada por alguns como uma das melhores infografias é um exemplo  pioneiro de como muita informação pode ser sintetizada e tornar-se muito mais compreensível. 


Figura - Infografia de Minard sobre a marcha de Napoleão

Evolução da Infografia
A partir do século XIX, novas técnicas de impressão trouxeram uma maior facilidade para a utilização de desenhos e fotografias nos jornais.

A partir da década de 1920, surgiram novas tecnologias que permitiram o envio de imagens via cabo ou antenas, e na década de 1960 o surgimento dos satélites encurtava as distâncias, permitindo que fatos ocorridos no mesmo dia em locais distantes pudessem ser informados. Mas o que realmente influenciou a utilização de infografias foi a digitalização de dados a partir de 1980.

Com a Guerra do Golfo, a infografia ganhou mais importância, pois não existiam fotografias suficientes, obrigando a utilização de expressões gráficas. Com a chegada dos Macintosh e Windows 95, as possibilidades visuais no jornalismo aumentaram significativamente.

Ainda, com a emergência dos programas de interface gráfica, a infografia tornou-se numa maneira mais eficiente de tratar a informação. Com o aparecimento do Adobe Illustrator em meados de 1995, a elaboração de uma infografia profissional tornou-se muito mais fácil devido ao desenho vectorial. Foi então um ponto de viragem na evolução do trabalho infográfico.

sábado, 7 de maio de 2016

✮ Memória Descritiva ( Composição Tipográfica)


             A segunda proposta da unidade curricular de Design e Comunicação Visual incide sobre a Tipografia, ("A tipografia é o ofício que dá forma visível e durável - e portanto existência independente - à linguagem humana." - Robert Bringhurst) o manuseamento dos diversos tipos de fontes como objecto estético e simbólico e não meramente textual. “Uma família tipográfica não é simplesmente um conjunto de letras. Cada tipo transmite, de acordo com as características da forma, um conceito diferente.”
             Sendo assim e após uma reflexão meticulosa, o texto escolhido foi de ordem inteiramente descritiva. A selecção deste conteúdo textual deveu-se ao facto de, no decorrer da leitura, serem transmitidas sensações como a tranquilidade, o deslumbramento e uma fugaz nostalgia. Para além disso, trata-se uma composição integralmente visual.
              De facto, o texto evidencia a descrição de uma paisagem tipicamente urbana, proporcionando um estado de contemplação onírico e nostálgico. A nosso ver, esta descrição remete-nos para a cidade do Porto, uma vez que é feita uma referência ao “voo inquieto das gaivotas” (som peculiar da cidade), “as casas insondavelmente antigas apreciavam o tumulto do rio” e “os barcos”. Embora não seja uma justificação totalmente concebível (porque várias cidades apresentam estas particularidades), pode muito bem associar-se ao Porto.
           É importante salientar que, inicialmente, a ideia consistia em fazer com que a palavra cidade fosse embebida pelo efeito de dispersão de fumo (no qual irei colocar um exemplo mais abaixo), no entanto com o desenvolvimento do projecto no Photoshop, o vocábulo cidade acabou por ficar envolvido numa névoa.


              A fonte tipográfica que mais se enquadrava à composição textual era uma com serifa, pois permite uma maior legibilidade, além de transmitir a graciosidade e elegância que os adjectivos (escolhidos minuciosamente pelo autor) concedem à descrição da cidade. Sendo assim, a fonte EucrosiaUPC revelou-se a melhor opção. A cor preta pode ser interpretada de forma ambígua, se tivermos em conta a análise feita relativamente às sensações transmitidas. Por outras palavras, jovialidade paisagística, calor, serenidade, deslumbramento (…) foram as sensações retiradas da interpretação do texto. Sensações essas que se relacionam mais com a cor amarela (calor, jovialidade), azul (serenidade), cinza (estabilidade) e não com a cor preta. No entanto, se fossem utilizadas qualquer uma dessas cores, a palavra cidade não teria o mesmo impacto que tem com a cor preta. A cor preta evidencia um carácter elegante digno dos vocábulos utilizados na descrição da cidade. 



                Em relação ao fundo, como já foi dito anteriormente, optou-se pela formação de uma névoa colorida sobretudo pela cor cinza que é frequentemente associada à neutralidade (não tem carga emotiva), isto porque temos como objectivo dar ênfase às palavras incluídas na névoa. Para além dessas tonalidades, fez-se uso do verde e do azul (representam a parte natural que é descrita no texto – “pequenas ondas”, “profundezas do rio”, “nuvens passeavam”) e, ainda do castanho amarelado (cor do papiro – meio físico usado para a escrita durante a Antiguidade) que nos induz a um passado turbulento e dinâmico, cheio de coisas, acontecimentos, peripécias, situações para contar (“uma cidade carregada de memórias”). É de salientar que a névoa sobrepõe todo o texto – uma exigência que foi feita pelo docente. 



                      Posteriormente, foi feita uma selecção criteriosa das palavras que constituíam o texto descritivo para serem incorporadas na névoa. Tivemos em conta sobretudo o destaque das mesmas e se estas se aproximavam das sensações que se pretendiam transmitir. Jovem tarde, céu, memórias, gaivotas, ouro crepuscular, casas antigas, ondas, rio, barcos e suspiro de beleza foram as escolhidas. A fonte tipográfica que mais se adequava era a Nueva, uma fonte com serifa que confere a legibilidade necessária à sua compreensão. Sem dúvida que esta tipografia reflecte melhor a intencionalidade inscrita indirectamente na composição escrita, pois é embebida de uma certa subtileza e suavidade característica do texto. Saliente-se que cada um dos vocábulos obteve uma abordagem específica:

      Ø  Ondas – a manipulação feita nas letras “o” e “d” outorgam a imprevisibilidade/eventualidade característica da ondulação;

             Ø  Céu e rio – apresentam a cor azul, uma vez que são as suas tonalidades representativas;

            Ø  Casas antigas – encontra-se em itálico para conferir um cariz mais subtil, clássico;

               Ø  Memórias – cor preta, de modo a que sobressaía (porque a cidade é toda ela carregada de memórias);

Figura - Primeiro projecto final



       Logo após a realização do trabalho prático, revelou-se fundamental uma apreciação do docente da unidade curricular, de modo a que este pudesse nos elucidar acerca de possíveis melhorias no projeto. Sendo assim, o professor Bruno Giesteira afirmou que o projeto apresentado não correspondia ao que era pretendido, uma vez que o efeito de dispersão de criava uma espécie de imagem de fundo.
                Por isso, decidiu-se retirar esse efeito e dar primazia à  tipografia. Elemento que, aliás, era o que deveria ter sido realçado desde início. Optou-se por colocar o texto (na íntegra) como marca de água. Em algumas iniciais das palavras decidiu-se remexer, adicionando um pouco de dinamismo/movimento de que as ondas (referidas no texto) são peculiares. A palavra Cidade foi destacada, mas desta vez com outro efeito. Um efeito de linhas pretas, com o intuito de simbolizar as pontes do Porto.




             Para além desta alteração, era pertinente adicionar outro simbolismo: o da onda. Por outras palavras, as letras que compõem o vocábulo foram embebidas pelo efeito ondulação.
                 De seguida, foi feita mais outra modificação, nomeadamente, o destaque de algumas palavras chave que estavam inscritas no texto de fundo. Essas palavras chave transmitiam sensações que inicialmente tínhamos concluído numa análise meticulosa do texto descritivo sobre o Porto.




           No entanto, surgiu outra ideia. As palavras chave deveriam preencher a forma de um barco. Porquê um barco?  Porque o barco, nomeadamente, o rabelo, trata-se de um objeto de identificação nacional e internacional do Porto. Para isso, recorreu-se ao Adobe Illustrator, onde se utilizou a imagem de um barco como molde para as palavras. O objetivo era fazer o seu preenchimento com os vocábulos.



                Seguidamente, removeu-se o barco deixando apenas a forma.


          Esta proposta retrata bem o nosso texto, bem como o objetivo primordial reiterado na análise: Utilização exclusiva da tipografia. A cor predominante é o azul, pois é aquela que representa um maior número de sensações referidas inicialmente, nomeadamente: a tranquilidade, a serenidade e a harmonia, não deixando de parte o castanho amarelado que também foi outra cor concebida para a realização do projeto.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

✦ 2ª Recolha Fotográfica ( Tipografia )






          De modo a que a matéria ficasse bem apreendida, foi feita mais uma recolha fotográfica, para além de uma pesquisa cautelosa na Internet sobre cartazes tipográficos. As fotografias capturadas tinham como foco primordial as fachadas das lojas. No entanto, os cartazes e os graffiti's não foram deixados de lado.

          É importante salientar que a fachada e o ambiente da loja são os primeiros fatores a serem considerados/avaliados pelo cliente. Tendo em conta esta relevância, os empreendedores do negócio investem cada vez mais no designer da loja, sobretudo, na sua fachada. Saliente-se as tipografias utilizadas são inteligíveis ao consumidor, apresentando normalmente serifas (terminações nas letras) que facilitam a leitura.